Brasil importou mais e exportou menos na 3ª semana

A média diária de exportações da terceira semana de outubro caiu 26,7% na comparação com a média da segunda semana do mês, de acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com apenas quatro dias úteis, os embarques totalizaram US$ 3,018 bilhões na semana passada, ante US$ 5,107 bilhões na semana anterior. Ao mesmo tempo, aumentaram as importações, levando a terceira semana de outubro a terminar com um déficit de US$ 265 milhões na balança comercial.

As vendas de produtos básicos recuaram 38% no período, de US$ 509,8 milhões para US$ 316 milhões. As maiores quedas envolveram minério de ferro, carne de frango e suína, fumo em folhas, petróleo e soja em grão. Já as exportações de manufaturados caíram 17,8%, de US$ 374,6 milhões para US$ 307,8 milhões, sobretudo por causa das quedas nos segmentos de açúcar refinado, automóveis, aviões, gasolina, polímero plásticos, óleos combustíveis e bombas compressoras. Em bens intermediários, a queda foi de 13,9%, de US$ 130,5 milhões para US$ 112,4 milhões, com as maiores retrações envolvendo ouro semimanufaturado, couros e peles, ferro-ligas, semimanufaturados de ferro/aço e alumínio em bruto.

Além da queda das vendas para o exterior, também houve aumento de 9,5% na média diária de importações em relação à segunda semana de outubro, alcançando US$ 3,283 bilhões. De acordo com o MDIC, a expansão ocorreu principalmente por conta de maiores compras de combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, siderúrgicos e plásticos e obras.

Evolução mensal

No acumulado de outubro, porém, as exportações têm um desempenho 37,1% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado. Houve acréscimo de 66,4% nas vendas de produtos básicos como minério de ferro, soja em grão, café em grão, fumo em folhas, milho em grão e carne bovina, suína e de frango. Os embarques de bens intermediários cresceram 20,8%, com destaque para ouro semimanufaturado, celulose, óleo de soja em bruto, açúcar em bruto e couros e peles. Já entre os manufaturados, o aumento é de 17,4%, impulsionados por açúcar refinado, autopeças, automóveis e peças, bombas e compressores, polímeros plásticos, motores e geradores, óxidos e hidróxidos de alumínio e aviões.

Pelo lado das importações, o crescimento até a terceira semana é de 28% em relação à média diária de outubro de 2009. Nessa comparação cresceram os gastos com cobre e suas obras (+113,6%), siderúrgicos (+75,4%), borracha e obras (+60,1%), equipamentos mecânicos (+32,5%), adubos e fertilizantes (+32,0%) e plásticos e obras (+27,9%).

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