O Brasil foi o segundo maior produtor de minério de ferro no ano passado, com 300 milhões de toneladas, atrás apenas da Austrália, que produziu 394 milhões de toneladas. A Índia contribuiu com 257 milhões de toneladas e a China, que já foi a maior produtora, ficou em quarto lugar, com 234 milhões de toneladas. Os dados fazem parte de relatório divulgado hoje pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).
Em 2009, a produção de minério de ferro caiu pela primeira vez em sete anos, apesar do crescimento da comercialização para níveis recordes, mantendo as condições do mercado sob pressão e os preços altos até 2012, de acordo com o relatório. A produção global de minério de ferro no ano passado somou 1,588 bilhão de toneladas e foi 6,2% mais baixa que a de 2008.
O relatório mostra ainda que a produção de mineração em 2009 caiu na maioria dos países, exceto na Austrália e na África do Sul. A produção da China deverá diminuir ainda mais neste ano, devido ao fechamento de minas. Já a comercialização de minério de ferro atingiu o recorde de 955 milhões de toneladas em 2009, crescendo 7,4% ante o ano anterior, em grande parte em função do aumento das importações da China, observou a Unctad. A Austrália exportou o equivalente a 92% de sua produção, uma alta de 17%, acima de Brasil e Índia.
O relatório alerta que a oferta ficará atrás da demanda no curto prazo e que a determinação de preços tornou-se mais obscura, na sequência do colapso do processo anual de negociação de referência nos mercados de minério de ferro no início deste ano. “Acreditamos que, no futuro, a oferta vai aumentar gradualmente e os preços vão recuar dos atuais níveis extremos, mas continuarão em um patamar mais alto do que em 2008”, avaliou Alexei Mojarov, representante da Unctad.
O relatório informa que 75 milhões de toneladas em nova capacidade foram preparadas no ano passado e que 685 milhões de toneladas deverão entrar em operação entre 2010 e 2012. A análise foi compilada pela Unctad e pelos analistas de mineração suecos do Raw Materials Group. As informações são da Dow Jones.