O Ministério da Agricultura informou, ontem, que 22 abatedouros brasileiros estão habilitados a exportar carne de frango in natura à China. A informação foi divulgada pelo governo chinês no último dia 30 de janeiro, com base em uma circular da Administração Geral de Quarentena, Supervisão e Inspeção (AQSIQ), emitida pelo serviço veterinário chinês.

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Os nomes dos frigoríficos ainda não foram revelados pelo Ministério, que apenas esclareceu que estão no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

O secretário de Defesa Sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Kroetz, afirmou que a medida representa a consolidação de um significativo mercado para o Brasil. “Esta é a última etapa dos entendimentos, na área sanitária, para o restabelecimento do comércio carne de frango in natura com a China”, declarou.

A medida deve ajudar o Paraná – estado que em 2008 manteve a liderança nacional na produção de frango, com 1,22 milhão de cabeças abatidas no ano – a atingir a meta de crescimento de 10% nas vendas externas, projetada para 2009.

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O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) já comunicou que, para atingir esse objetivo, a principal aposta é a “ampliação de negócios com mercados já consolidados e a conquista de novos mercados consumidores”.

A reportagem não conseguiu contato com o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. Mas a assessoria de imprensa do sindicato emitiu um comunicado em que Martins ressalta a importância do mercado chinês para os produtores paranaenses.

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“A China é a principal aposta para novas comercializações, tendo potencial inclusive para em pouco tempo se transformar no principal mercado comprador do frango de corte brasileiro”, declarou.

A exportação brasileira de carne de frango para a China ocorre atualmente por meio de Hong Kong. Com o acordo firmado entre Brasil e o serviço veterinário chinês, os exportadores brasileiros poderão fazer a entrega do produto diretamente em portos da China continental. Estima-se que, inicialmente, o potencial de exportação seja da ordem de 100 mil toneladas por ano.

A habilitação dos frigoríficos ocorreu no início de dezembro, quando Kroetz se reuniu com o vice-ministro da AQSIQ, Wei Chuanzhong. O objetivo era retomar a venda de carne de frango in natura aos chineses e ratificar o protocolo de inspeção, quarentena e saúde veterinária para a carne suína. Faltava apenas a publicação do documento para que as empresas pudessem iniciar as negociações com os importadores.