O governo brasileiro terá de ser mais ambicioso, mais ousado e menos protecionista, se quiser aprofundar a integração comercial com a segunda maior economia latino-americana, o México. A prioridade mexicana na América do Sul é aproveitar como plataforma a Aliança do Pacífico, formada em parceria com a Colômbia, o Peru e o Chile.

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O governo mexicano poderá negociar acordos de livre comércio com parceiros dispostos a seguir os padrões de abertura e integração internacional da Aliança, disse o presidente Enrique Peña Nieto. Brasil e Mercosul, explicou, estão fora desses padrões.

Brasil e México têm apenas um acordo de complementação econômica, de alcance limitado e apenas suficiente para sustentar em 2013 uma corrente de comércio de US$ 10 bilhões, 2,3% das transações brasileiras.

No ano passado os exportadores nacionais venderam ao mercado mexicano produtos no valor de US$ 4,23 bilhões, 1,7% da receita comercial de US$ 242,2 bilhões.

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Nafta

Ao falar do comércio e dos planos de integração internacional, o presidente mexicano mencionou duas plataformas, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), em vigor há 20 anos, e a Aliança do Pacífico. As prioridades são acordos com parceiros da Europa e da área do Pacífico.

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Suas referências à América Latina incluíram a América Central e os três sócios sul-americanos da Aliança. Não foram além disso.

Parte importante de sua agenda interna consiste em medidas de liberalização – como a abertura do setor do petróleo ao capital privado, sem abandono da propriedade estatal das reservas. São medidas compatíveis com uma política de maior integração internacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.