Lisboa  – Com uma produção de 1,589 milhão de barris diários em 2001, o Brasil foi o décimo quinto maior produtor mundial de petróleo. Os dados estão no estudo realizado pela empresa italiana ENI, com o título Panorama do Petróleo e Gás 2002. Segundo o estudo, que avaliou cerca de 90% da produção mundial de petróleo, houve uma redução da fatia dos dez maiores produtores mundiais de 1991 para 2001, caindo de 69,6% para 61 ,3% do total.

Entre os maiores produtores, a principal mudança nesses onze anos foi a queda da Rússia de primeiro para terceiro maior produtor, com 9,25 milhões de barris diários em 91 (14,1% da produção mundial), para 7 milhões no ano passado (9,3%). A Arábia Saudita, que há dez anos era o terceiro produtor, com 8,75 milhões (13,4%), teve uma pequena queda no volume de produção, para 8,5 milhões (11,3%), mas alcançou o primeiro lugar entre os produtores. Em segundo lugar está os Estados Unidos, com 8,1 milhões de barris (10,8% da produção mundial) no ano passado, enquanto e m 91 produzia 9,1 milhões (14%).

Em 1991, a produção brasileira era de 852.000 barris, o que corresponde a 1,3% do total mundial. O crescimento nos últimos onze anos foi de 86%. Atualmente, no continente americano o Brasil ocupa a quinta posição entre os produtores, atrás dos Estados Un idos, México (3,5 milhões), Venezuela (3,1 milhões) e Canadá (2,75 milhões).

Reservas

Em relação às reservas conhecidas, o Brasil está em décimo sexto lugar no mundo, com 8,4 bilhões de barris, enquanto em 1991 as reservas conhecidas no país era de 2,8 bilhões de barris. O total mundial de reservas era no final do ano passado de 1,032 trilhões de barris, praticamente o mesmo do que o 1 trilhão de 1991.

Os dez países com maiores reservas são responsáveis por 84,8% do total mundial. No ano passado, a Arábia Saudit a tinha 25,4% das reservas conhecidas – um total de 261,7 bilhões de barris. Em segundo lugar vem o Iraque, com 112 bilhões de barris (10,9% do total mundial). Apesar de ser o segundo maior produtor, os Estados Unidos estão em décimo segundo lugar em quantidade de reservas, num total de 22 bilhões de barris (2 13%).

No continente americano, o Brasil é o quarto país com maiores reservas, atrás da Venezuela, México e Estados Unidos.

Gás natural

Na área do gás natural, a presença do Brasil no mercado é praticamente simbólica. Com uma produção de 8,56 bilhões de metros cúbicos, não chega a 1% do total das Américas (876 bilhões) – o total mundial 2,5 trilhões. As reservas brasileiras conhecidas em 2002 atingem 230 bilhões de metros cúbicos, enquanto o total mundial é de 168,6 trilhões. Em 2000, o consumo no Brasil foi de 9,4 bilhões de metros cúbicos (taxa de cobertura pela produção de 77%) e o consumo per capita atingiu 55 metros cúbicos.

Em consumo, estamos em sétimo

Segundo o estudo, em 2001 o Brasil foi o sétimo maior consumidor de petróleo, com um total de 2,123 milhões de barris diários (2,8%). Os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar, com 19,99 milhões de barris (26,3%), seguidos do Japão, com 5,4 m ilhões (7,1%), da China, com 4,8 milhões (6,3%) da Alemanha, com 2,8 milhões (3,7%), da Rússia, com 2,5 milhões (3,3%) e da Coréia do Sul, com 2,126 milhões (2,8%). Entre os dez maiores consumidores também se encontram o Canadá, França e Índia.

Os 20 maiores consumidores utilizaram no ano passado 59 1 milhões de barris diários, 77,8% do total estimado em 75,988. De 1991 a 2001, o consumo dos dez principais mercados de petróleo manteve-se percentualmente nos mesmos níveis, caindo de 39,8% para 3 9,5%. Nos últimos onze anos, o volume consumido no mundo teve um crescimento de 15,1%, subindo de 65,995 milhões de barris diários para 75,988 milhões. Os países desenvolvidos foram responsáveis em 2001 por 61,9% do consumo mundial de petróleo – 47 milhões de barris diários.

As economias de transição responderam por 5,1 milhões de barris (6,6%), enquanto a fatia dos países em desenvolvimento chegou a 31 ,4%, num total de 23,9 milhões de barris.

4,5 barris por brasileiro

Na média, cada brasileiro foi responsável no ano passado pelo consumo de 4,5 barris de petróleo, o que coloca o país em décimo sétimo lugar no âmbito mundial. Em primeiro estão os Estados Unidos, com um consumo 25,7 barris por habitante, seguido da Arábia Saudita, com 24,2 barris, o Canadá, com 24,1, a Holanda, com 20,2 barris, e a Austrália, com 16,5 barris

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