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Foto: Arquivo/Agência Brasil

Henrique Meirelles, presidente do BC: fim das restrições.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que o País já criou as condições necessárias para ampliar sua taxa de crescimento econômico. Segundo ele, o controle da inflação é pré-condição para um crescimento sustentável e também para que sejam discutidos os problemas estruturais do País. Essa semana, o Banco Central revisou sua projeção de crescimento para o PIB previsto para este ano para 3,4% (a estimativa anterior era de 3,8%).

?Todos os brasileiros querem que o Brasil cresça à taxa mais elevada possível. Estamos todos trabalhando para isto e felizmente o Brasil já eliminou grande parte das restrições que impediam o maior crescimento?, defendeu, ressaltando o processo de formação de reservas internacionais desenvolvido pelo BC e a liquidação da parcela dolarizada da dívida do País.

Para Meirelles, as ações do governo no exterior eliminaram as restrições causadas por crises internacionais e a condução da atual política monetária previne a ocorrência de novos surtos inflacionários no Brasil.

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Meirelles também considerou normal o fato de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, discordar da revisão da projeção do BC para o PIB e manter sua estimativa de crescimento de 4% este ano. ?Todos os órgãos fazem o trabalho de projeção independente, como funciona nas instituições sólidas dentro de qualquer país organizado.?

De acordo com o presidente do BC, o fato de a inflação projetada para 2006 estar se aproximando do piso da meta não constitui um problema, mas só reforça o sucesso da política monetária. ?O Banco Central considera que temos uma inflação consistente com a trajetória de metas. As metas no Brasil têm intervalo de dois pontos para cima ou para baixo, significando o intervalo de 2,5% a 6,5%?, disse.

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Meirelles também defendeu o aperto monetário promovido pelo Banco Central nos últimos anos. ?O normal em qualquer país do mundo é exatamente que a inflação orbite em torno do centro da meta, o que está acontecendo?, afirmou.

O presidente do Banco Central falou com jornalistas após participar do 1.º Seminário Internacional sobre renda fixa em mercado de balcão promovido pela Andima (Associação Nacional dos Investidores no Mercado Aberto).