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Brasil é país líder em desemprego, aponta estudo

O Brasil é líder mundial em geração de desemprego, aponta estudo do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB. No ano passado, 2,6 milhões de brasileiros perderam empregos, o maior volume absoluto registrado num conjunto de 59 países. “E não parou”, diz o presidente do instituto, José Aníbal. “Em janeiro, fevereiro e março devemos ter tido devastação suplementar.”

O estudo aponta que em nenhum país analisado houve reversão tão abrupta do mercado de trabalho em tão pouco tempo. No período, o total de desempregados saltou de 6,5 milhões para 9,1 milhões. “O Brasil aparece no ranking à frente de países cuja situação política, econômica e social é muito mais conturbada que a nossa.”

O segundo colocado é a Nigéria, que sofre com o terrorismo do grupo Boko Haram e amarga efeitos da queda do preço internacional do petróleo. Lá, 2,4 milhões de pessoas perderam o emprego. Em seguida vêm a Rússia, alvo de sanções econômicas, com 276 mil novos desempregados, e o Irã, com 261 mil. A Índia, com crescimento de 179,9 mil desempregados, fica no oitavo lugar – a população do país é seis vezes maior que a brasileira. “Isso indica a gravidade dessa crise”, diz Aníbal. “As empresas demitem e não veem horizonte de retomada.”

A amostra leva em consideração países da Europa, membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), economias mais desenvolvidas e América do Sul – com exceção da Bolívia, que não tem dados para 2015.

O Brasil é destaque também em relação à proporção da população. O índice passou de 6,5% para 9%. Por esse critério, o País registra o segundo pior dado do mundo. O primeiro é o da Nigéria, onde avançou 4 pontos porcentuais. No grupo de 59 países, 42 registraram estabilidade ou queda da taxa de desemprego.

“É o esperado”, diz o professor José Alberto Ramos, da Universidade de Brasília (UnB). Segundo ele, o desempenho se deve à desaceleração econômica. “O PIB do Brasil é um dos que mais caem no mundo, então o resultado é necessariamente o aumento do desemprego.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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