O Brasil já é o quinto maior mercado do mundo para celulares e internet, segundo dados divulgados ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em termos de penetração dos serviços, porém, o País ainda está distante dos líderes. Uma outra constatação do estudo da ONU é de que mais da metade da fabricação e exportação de bens de tecnologia hoje ocorre nos países em desenvolvimento. Mas o Brasil é deficitário nesse setor – as exportações do País não chegam a 1% das vendas anuais da China ao mundo.

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Segundo os dados da ONU, o País somou ao final de 2008, 150,6 milhões de celulares. Em 2003, eram 47 milhões. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que esse avanço é ainda maior. Em setembro, o número de celulares no País já chegou a 166,1 milhões. A liderança nesse ranking, em números absolutos, pertence à China e à Índia, com suas populações de mais de 1 bilhão de pessoas. A China tinha 641 milhões de celulares ao final de 2008, mais que o dobro da taxa de 2003. Na Índia são outros 346 milhões. Os dois países ultrapassaram os Estados Unidos, com 270 milhões de celulares. Já a Rússia tinha em 2008 187 milhões de celulares.

 

Em termos de penetração do serviço, porém, a taxa é menos impressionante. O Brasil estava em 2008 apenas na 94ª posição entre os 191 países da ONU, com 78 celulares por 100 habitantes. Pelos dados da Anatel, esse número chegou, em setembro, a 86,6 celulares por 100 habitantes. Em alguns países, esse índice já havia chegado, no ano passado, a 2 celulares por habitante.

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O Brasil também se tornou em 2008 o quinto maior do mundo, em termos absolutos, em acesso à internet. Eram 50 milhões de brasileiros com acesso à rede ao final do ano passado. Em 2003, esse número era de 19 milhões. A líder nessa área também é a China, com 298 milhões de pessoas com acesso à internet. Há seis anos, o número era de 77 milhões. Nos Estados Unidos, são 190 milhões. Na Índia, com mais de 1 bilhão de habitantes, o acesso está garantido para apenas 57 milhões de pessoas.

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Mais uma vez, em termos proporcionais à população, o Brasil ocupa um lugar modesto no ranking. O estudo mostra que 25% da população brasileira tem acesso à rede, o que faz do País o 76º colocado em termos proporcionais. Em vários países europeus, mais de 60% da população já tem acesso à rede.