A presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, elevaram nesta sexta-feira, 01, a relação bilateral para o nível de “parceria estratégica global”. Isso significa que Brasil e Japão manterão diálogo permanente e consultas frequentes sobre temas políticos, estratégicos e econômicos. Além disso, os dois chefes de governo assinaram cinco acordos governamentais e testemunharam a assinatura de outros quatro acordos entre representantes do setor privado dos dois países.

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Brasil e Japão, a partir de agora, vão cooperar em regulação farmacêutica, trocar experiências sobre sistemas públicos de saúde e dialogar sobre estratégias para promoção de estilos de vida saudável e medicina preventiva. Outro acordo prevê cooperação em projetos das ciências do mar e da terra. O terceiro acordo envolve questões ambientais e de sustentabilidade em desastres naturais. O penúltimo tratado estabelece parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Japan Bank for International Cooperation (JBIC), o banco japonês de cooperação internacional. O último acordo prevê um empréstimo segurado por uma empresa japonesa no valor US$ 500 milhões para a construção de oito cascos e navios-plataforma de petróleo.

Shinzo Abe está realizando hoje visita oficial de trabalho a Brasília, acompanhado de delegação empresarial. A visita do primeiro-ministro japonês tem sequência programada para este sábado (2), em São Paulo, onde estão previstos encontros com a comunidade nipo-brasileira e evento empresarial. O Ministério de Relações Exteriores (MRE) destaca que o Japão é o mais tradicional parceiro do Brasil na Ásia e o sexto sócio comercial brasileiro no mundo, com comércio bilateral de US$ 15 bilhões em 2013.

Conselho de Segurança da ONU

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Dilma voltou a defender a ampliação do número de assentos permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela disse que o aniversário de 70 anos da ONU é um bom momento para uma reforma que ajuste sua atuação a uma nova realidade mundial. “Reiteramos a importância de uma ampla reforma da ONU, com ampliação e expansão de seu Conselho de Segurança no que se refere a seus membros permanentes”, afirmou.

A presidente disse ainda que o déficit de governança da ONU alimenta conflitos de dimensões humanitárias sem perspectiva de solução. “Destacamos a importância da ONU na resolução de conflitos regionais no Oriente Médio e Leste da Ásia e a solidariedade do Brasil a toda e qualquer iniciativa que promova paz em todas as regiões do mundo.”

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Ao fim do discurso de Dilma, Abe disse que Japão e Brasil atuam juntos na defesa da reforma do Conselho de Segurança da ONU e felicitou a elevação das relações internacionais das duas nações para o nível de parceria estratégica global.

Dilma disse ainda esperar que a próxima reunião da cúpula do G-20 fortaleça o grupo como motor da retomada do crescimento econômico mundial.