Em uma resposta à pressão dos países ricos para que as economias emergentes abram seus mercados, um grupo de 90 governos liderados pelo Brasil e Índia apresentou nesta terça-feira (9) à Organização Mundial do Comércio (OMC) uma proposta única resistindo a cortes profundos no setor industrial, pedindo que a prioridade seja dada à agricultura e ainda requisitando a inclusão do etanol nas negociações. Na prática, a resistência tanto dos países emergentes como das economias ricas coloca em xeque a própria rodada a partir de agora.

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Pela proposta, o grupo de emergentes alerta que a preocupação com o desenvolvimento dos países mais pobres deve ser o centro das negociações, o que não estaria ocorrendo. Por isso, um corte de tarifas industriais não poderia passar de 50%, e não 66% como querem os países ricos. O México, assim como Chile, Costa Rica, Peru e alguns países em desenvolvimento, não apóiam a posição do grupo liderado pelo Brasil.

Para completar, a proposta pede que o etanol seja tratado como um bem ambiental e que, portanto, seja incluído na lista de produtos que terão suas tarifas zeradas. A proposta é rejeitada tanto por americanos como por europeus.

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