Na véspera da reunião de cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), empresas brasileiras e chinesas assinaram ontem contratos no valor total de US$ 432 milhões. Os negócios contemplam investimentos, prestação de serviços, e exportação e importação de produtos. As empresas chinesas fazem parte da comitiva que vai acompanhar o presidente da China, Hu Jintao, que estava previsto para desembarcar ontem à noite no País. A cerimônia de assinatura dos contratos aconteceu em São Paulo e foi acompanhada pelo vice-ministro de Comércio da China, Jiang Yaoping.

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O maior negócio foi selado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) com a CISDI Engenharia e chegou a US$ 280 milhões. Segundo fontes envolvidas, a empresa chinesa vai fornecer equipamentos para uma nova unidade de produção de aços da CSN. A siderúrgica brasileira não quis comentar o negócio. “O relacionamento entre Brasil e China está mudando. Não é mais só comércio. Chegou a hora de os investimentos chineses se concretizarem”, disse Rodrigo Tavares Maciel, sócio da consultoria Strategus. Maciel é ex-diretor-executivo do Conselho Empresarial Brasil-China e organizou o evento a pedido do Ministério do Comércio da China.

Nos contratos selados ontem, dois podem ser classificados como investimentos: uma joint-venture entre a Villarejo Artefatos de Couro e a Xiangxing Bag & Luggage e o estabelecimento de um Centro de Exibição de Commodities do Brasil em Cantão (China) pelas tradings chinesa Jiangmen e brasileira Shengjian. A gigante de telecomunicações chinesa ZTE também se comprometeu ontem a investir US$ 2 milhões em instalações de ensino no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), sediado em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais. Ao redor desse instituto surgiu um polo de tecnologia na região. A maior parte dos negócios entre brasileiros e chineses, no entanto, ainda é de exportação e importação.

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