Os bancos centrais do Brasil e da China estão trabalhando sobre um programa de swap (troca) cambial para permitir transações comerciais em suas moedas, disse o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. As conversas sobre o swap cambial entre os dois países emergentes estão em andamento, acrescentou Meirelles em entrevista para a agência Dow Jones após um encontro com editores e repórteres do Wall Street Journal e da Dow Jones Newswire. Segundo uma porta-voz do BC, as negociações entre os dois bancos centrais começarem em junho, na Basileia (Suíça).
A China, um grande player no comércio global, assinou acordos de swap cambial com Bielo-Rússia, Hong Kong, Malásia, Indonésia e Coreia do Sul. Recentemente, a China anunciou um programa similar com a Argentina, o primeiro país sul-americano a estabelecer tal acordo de swap cambial. Meirelles espera que o novo acordo com a China beneficie principalmente pequenos exportadores que buscam cortar parte de seus custos cambiais. Os grandes exportadores provavelmente vão continuar a preferir transações em dólar, disse o presidente do BC brasileiro.
Nesta segunda-feira, Li Bo, diretor do Departamento de Leis e Regras do banco central chinês, disse que a China espera permitir que o yuan seja usado para fazer a liquidação de transações comerciais com países que tenham assinado acordos de swap cambial com o país o mais rápido possível. Até agora, apenas companhias na Associação de Nações do Sudeste Asiático, Hong Kong e Macau, podem fazer a liquidação de transações com companhias chinesas em yuans. As informações são da Dow Jones.
