Brasil é campeão isolado de juro real

A provável decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros, a Selic, nesta quarta-feira (04), vai pôr o País em uma posição isolada no ranking dos maiores juros reais do mundo (descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses). Se a alta for de 0,5 ponto porcentual para 12,25% ao ano, como prevê a maioria do mercado, a taxa brasileira vai para 6,9% ao ano, superior à da Austrália, de 5,5%; Turquia de 5,3%; Colômbia de 3,7%; e México, 2,6%.

"O Brasil vai continuar na primeira posição por um bom tempo. A liderança apenas seria perdida se o Banco Central iniciasse um corte dos juros de um ponto porcentual. O que não deve ocorrer tão cedo?, destacou o economista da UP Trend, consultoria econômica responsável pelo ranking dos juros reais, Jason Vieira. A posição do País reforça o movimento positivo de entrada de recursos estrangeiros no País e, conseqüentemente, pressiona o câmbio. "O volume de recursos só não tem sido maior porque a bolsa paulista (Bovespa) está um pouco cara", afirmou Vieira.

Segundo ele, a surpresa deste mês foi a queda da Turquia para a terceira posição e a ascensão da Austrália para o segundo lugar. No caso turco, a taxa foi influenciada pela inflação elevada. A Austrália, que tem juros nominais de 6,9% ao ano, subiu no ranking por causa dos baixos índices de preços.

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