O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje, depois de reunião com a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, que os dois países terão uma espécie de “via rápida” para a resolução de entraves comerciais.
Em entrevista coletiva na capital paulista, ele explicou que o mecanismo consiste num processo de maior rapidez para solucionar questões comerciais pontuais entre as duas economias.
“Funcionários do Ministério da Produção (da Argentina) e do Ministério do Desenvolvimento (do Brasil) vão se falar quantas vezes forem necessárias para discutir essas questões pontuais e eventuais acasos que possam haver no caso de licenças não-automáticas”, destacou.
Desde outubro, o país vizinho impôs barreiras a alguns produtos brasileiros, que demoram para ser liberados. A justificativa argentina é a preservação da indústria e dos empregos dos trabalhadores do país, num período de dificuldade gerada pela crise financeira global.
De acordo com Miguel Jorge, o problema vem afetando uma quantidade pequena de segmentos. “Quanto aos acordos que fizemos nos setores de madeira, móveis, calçados e papéis, nossa avaliação é de que eles estão andando bastante bem. Há alguns problemas conjunturais e pontuais com as licenças não-automáticas de importação implantadas pela Argentina já há algum tempo, mas referem-se a questões muito pontuais, especialmente ligadas ao setor de autopeças para o mercado de reposição argentino”, disse Miguel Jorge.
“O mercado de produção da indústria argentina está absolutamente abastecido, de maneira totalmente normal pelas autopeças brasileiras, como pneus, baterias, freios e embreagens”, acrescentou.