O tão sonhado acordo automotivo entre o Brasil e a Argentina, que se arrasta há mais de sete anos, pode ser finalmente assinado nesta sexta-feira, em Buenos Aires, pelos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Duhalde. A assinatura do acordo, que servirá de base para a Política Automotiva do Mercosul (PAM), deve transformar-se em um dos fatos concretos mais importantes da reunião de cúpula do bloco, na quinta e na sexta-feira.
Em termos gerais, o acordo prevê uma regra aparentemente simples de 2 por 1. Isto é, a Argentina poderá exportar dois veículos para o Brasil e importar um das montadoras brasileiras. O embaixador do Brasil em Buenos Aires, José Botafogo Gonçalves, disse, no entanto, que ?esse número? (fórmula) ainda não está fechado, mas poderá ser definido nas reuniões técnicas que começam amanhã.
Na quinta-feira, bem cedo, o ministro Sérgio Amaral, do Desenvolvimento, vai se reunir com Roberto Lavagna, ministro argentino de Economia. Os dois poderão fechar o acordo nesse dia para, depois, ser homologado pelos presidentes, que vão se reunir isoladamente na sexta-feira, depois da cúpula de presidentes do Mercosul, da qual participarão ainda os chefes de Estado da Bolívia, Chile e do México.
