O volume de investimentos diretos da União Européia no Brasil durante o ano passado foi maior do que o recebido pela China e colocou o País em terceiro lugar entre as quatro principais economias emergentes, grupo chamado de Bric que inclui também Rússia e Índia. Dados divulgados nesta segunda-feira (19) pelo Gabinete de Estatísticas da União Européia (Eurostat) mostram que o bloco investiu 7,1 bilhões de euros no Brasil em 2007. A Rússia liderou o grupo, ficando com 17,1 bilhões de euros.
A Índia, em segundo, recebeu 10,9 bilhões de euros, mais de cinco vezes os 2,5 bilhões de euros que havia recebido em 2006. Já os investimentos diretos da União Européia na China – excluindo Hong Kong – despencaram para 1,8 bilhão de euros, ante 6 bilhões de euros em 2006, a despeito do forte interesse da mídia no país oriental, apontado como força econômica emergente na Ásia. A queda colocou a China como o destino menos preferido dos investimentos da União Européia entre as quatro grandes economias emergentes.
Os EUA, principal parceiro comercial do bloco, continuaram sendo de longe o maior destinatário do capital europeu, com um total de 112,6 bilhões de euros, 42,5% acima dos 79 bilhões de euros recebidos em 2006.
Nos demais países do mundo, o investimento direto dos 27 países que compõem a União Européia aumentou 53%, para 419,9 bilhões de euros, contra 275 bilhões de euros em 2006. Por outro lado, o total aplicado na União Européia por investidores de fora do bloco cresceu 89% no ano passado, para 319,2 bilhões de euros, de 168,9 bilhões registrados em 2006.
O Reino Unido ficou com a maior parcela desse total, tendo recebido 87 bilhões de euros, ou 27% dos investimentos. Luxemburgo, com sua concentração de serviços financeiros e apesar de seu tamanho diminuto, ficou em segundo lugar, com 50,2 bilhões de euros, ou 16% do total. O grão-ducado superou a França, que atraiu 23,4 bilhões de euros, ou 7% do total.
O Eurostat define investimento estrangeiro direto (IED) como o capital de longo prazo aplicado numa empresa de outro país e que dá ao investidor mais de 10% dos direitos de voto no conselho de administração da companhia.