Foto: Antonio Cruz/ABr |
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, Luiz Paulo Barreto, o ano se encerrará com mais de 8 milhões de CDs e DVDs falsos recolhidos. |
Rio de Janeiro – O Brasil deve terminar 2007 com recorde nas apreensões de CDs e DVDs piratas. A afirmação é do presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP) e secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
Segundo Barreto, o ano se encerrará com mais de 8 milhões de CDs e DVDs falsos recolhidos em todo o país. O volume é maior que os 7 milhões apreendidos no ano passado e representa quase 20 vezes mais que as 400 mil unidades retiradas de circulação em 2003.
Na avaliação do presidente do CNCP, os números indicam que, a médio e longo prazo, o Brasil deverá reduzir as falsificações ?a níveis muito baixos?, o que tornará o país referência no combate à pirataria.
Para intensificar o trabalho educativo no combate aos produtos falsificados, Barreto diz que o CNCP, vinculado ao Ministério da Justiça, pretende oferecer, na internet, cartilhas e revistas em quadrinhos que podem ser usadas em atividades com crianças e jovens.
Por meio da página eletrônica do conselho, qualquer pessoa poderá ter acesso ao material educativo. ?O objetivo é difundir toda uma rede de informações de educação contra a pirataria, para que a população, percebendo isso, deixe de comprar?, explicou Barreto.
Pesquisas da Federação do Comércio (Fecomércio) mostram que o principal consumidor de produtos piratas tem de 15 a 24 anos. ?Essa é a faixa de maior consumo. Isso mostra que nós devemos desde a escola já tentar educar?, avalia Barreto.
Além da distribuição de materiais para o público infantil, as ações também incluem apresentações de peças teatrais. O objetivo é conscientizar a criança desde cedo sobre a necessidade de evitar produtos ilegais e fazê-las alertar os pais para os riscos de comprar mercadorias pirateadas.
De acordo com o presidente do conselho, os gibis têm personagens que refletem os malefícios do produto pirata e os benefícios da compra de itens originais. ?O original gera renda e emprego. O pirata, não. Gera violência, desemprego e perda de arrecadação de impostos para investimentos públicos?, destaca Barreto.