O Brasil está saindo da condição de importador para a de exportador líquido de petróleo. Pela primeira vez, o País registrou mais exportações de petróleo em julho do que de importações, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), considerando a movimentação de óleo cru e derivados.
Pelos dados da ANP o Brasil importou o equivalente a 21,125 milhões de barris em julho e exportou 21,217 milhões. Com isso, o saldo líquido ficou em 92 mil barris, o que representa uma completa inversão em relação aos meses anteriores. Pelos dados da ANP, a importação líquida de petróleo e derivados ficou em torno de 10 milhões de barris mensais no período de janeiro a julho deste ano.
O diretor de engenharia e produção da Petrobras, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, acredita que esse movimento tende a continuar e até a se acelerar, o que deve contribuir para aliviar de forma substancial a balança comercial. Nos 12 meses encerrados em julho, o País precisou de US$ 3,5 bilhões com a compra do produto (diferença entre exportações e importações), o que representa queda de 40% em relação aos US$ 5,7 bilhões computados nos 12 meses encerrados em julho de 2001, conforme os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).