O Brasil contribuiu, entre 2005 e 2009, com R$ 3,2 bilhões (em valores de 2009) para o desenvolvimento internacional e a maior parte desses recursos, ou seja, fatia de R$ 2,46 bilhões, seguiu para organismos multilaterais. Esses dados são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou hoje o estudo “Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional (Cobradi); O Brasil e os Fundos Multilaterais de Desenvolvimento”.

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O Ipea destaca que os organismos multilaterais apresentam melhor desempenho que as instituições que oferecem ajudas bilateralmente. Ou seja, o Brasil “acertou” na destinação de três quartos dos recursos que aplicou no desenvolvimento internacional no quinquênio analisado.

“Os levantamentos apontam para um melhor desempenho dos organismos multilaterais como os examinados, quando são comparados com as instituições que oferecem ajuda bilateralmente”, cita o estudo. Segundo o Ipea, os organismos multilaterais oferecem ajuda mais focada e menos fragmentada, diminuindo custos que podem onerar os processo de desenvolvimento esperados.

O Ipea ressalta que o levantamento Cobradi 2005-2009 excluiu “contribuições regulares de organizações multilaterais multipropósitos onde o Brasil é acionista e beneficiário, tomando recursos do capital ordinários, como é o caso do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento”.

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Conforme o Ipea, o comunicado divulgado hoje “busca antecipar resultados da pesquisa sobre as principais características da cooperação para o desenvolvimento internacional e a inserção do Brasil”, além de procurar “alinhavar, para discussão, alguns elementos presentes no debate atual a respeito da qualidade da ajuda oferecida” pelas instituições às quais o Brasil aportou recursos. O Ipea é vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.