O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou nesta quarta-feira, 4, que a única gasolina que não terá aumento de etanol na mistura será a premium, que continua com porcentual de 25% – as outras passarão a ter 27% de álcool anidro. Braga garantiu que, apesar da elevação, não haverá impacto para o consumidor. Ele exaltou a medida classificando-a como mais um movimento para o fortalecimento do setor sucroalcooleiro. Ele também citou a elevação da Cide como benéfica para o segmento. Questionado sobre o atraso do anúncio, que deveria ter ocorrido em 16 de fevereiro, o ministro disse que o governo queria garantir que a mistura não traria risco para os motores.
Braga estava acompanhado da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro. Kátia explicou que o aumento de 2 pontos porcentuais da mistura de álcool anidro na gasolina reforça o papel desse combustível na matriz energética brasileira. Para a ministra, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ficou tranquila sobre a mistura, já que não há risco para os automóveis.
“É muito mais uma sinalização positiva, importante, do papel do etanol na matriz de combustível e na matriz energética, porque temos de pensar que hoje todas as usinas do País já são autossuficientes na produção de energia e 40% delas já vendem energia para o mercado. Estamos produzindo energia limpa”, comentou a ministra.
“Com o aumento de 2%, tenho certeza que essa sinalização vai ser importante para que possamos dar outros passos de fortalecimento da produção de açúcar e álcool”, afirmou. Segundo ela, há em estoque 1 bilhão de litros de etanol, volume que será desaguado no mercado com essa decisão de hoje.