O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio deve fechar com uma taxa maior que a de 0,61% apurada em abril, refletindo a mudança de metodologia de apuração dos gastos com empregado doméstico e mão de obra, elevação na tributação de cigarros e alimentação no domicílio mais pressionada, segundo o Bradesco. A estimativa do banco é que o IPCA fique em 0,65% no final deste mês.

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A despeito da pressão aguardada para o índice de maio, a instituição acredita que a taxa de inflação acumulada em 12 meses continuará desacelerando, podendo fechar 2016 exatamente no teto da meta, em 6,5%. “Reflexo da atividade econômica em retração, câmbio mais apreciado, além de um cenário de alimentação no domicílio mais favorável, ajudado pela expectativa do efeito climático de um La Niña fraco”, detalha relatório do banco.

Segundo o Bradesco, o hiato negativo do produto seguirá mostrando efeitos mais visíveis nos preços de serviços, ajudando a trazer a inflação para um patamar mais baixo.

Apesar da aceleração do IPCA de 0,43% para 0,61% e março para abril, o banco ressalta que apenas três grupos mostraram maior alta em relação a março. “Comunicação, que havia registrado queda de 1,65% no mês anterior, subiu 1,47% em abril. No mesmo sentido, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais acelerou, ao passar de 0,78% para 2,33%, pressionado, em boa medida, pelo reajuste dos preços de medicamentos.

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Já o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou descompressão menor que a esperada por nós, ao oscilar de 1,24% para 1,09%”, avalia o Bradesco. O IPCA de abril superou o teto do intervalo das estimativas do mercado, que ia de 0,41% a 0,60%.