O presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, declarou que "não procede" a especulação do mercado de que o banco poderia adquirir outras instituições como reação à possível compra do holandês ABN Amro pelo espanhol Santander. O banqueiro frisou que o Bradesco vai buscar crescimento orgânico e espera acrescentar 2,5 milhões de correntistas à sua base ainda neste ano.
Pelas suas projeções, caso compre o ABN, o Santander deverá ocupar o segundo ou terceiro lugar no ranking dos bancos no Brasil. Cypriano lembrou que, quando um banco adquire um concorrente, ocorre uma sobreposição de redes, de agências e de clientes. "Dois e dois não são quatro. Eles vão ter que se adequar", disse, alegando que considera positivo o mercado ser competitivo. "A concorrência faz com que a gente se recicle ou não se acomode.
O banqueiro lembrou ainda da possibilidade também de o banco britânico Barclays, que não opera no mercado brasileiro, vir a comprar o ABN Amro. "A gente não sabe as intenções do Barclays", comentou. O executivo refutou a possibilidade de o crescimento do Santander levar à redução mais rápida dos juros bancários. "Se fosse assim, a gente já teria visto isso quando o Santander comprou o Banespa (em 2000)", afirmou.
