O Banco Bradesco confirmou a captação, nesta quinta-feira, de US$ 1 bilhão no exterior com a emissão de bônus de dívida de dez anos, numa operação que atraiu, em apenas duas horas e meia, US$ 7 bilhões em intenção de compra. “Em duas horas e meia, o book já estava fechado”, disse o diretor do Bradesco BBI, Renato Ejnisman, referindo ao livro onde são registradas as reservas de compra da emissão. Ejnisman afirmou ainda que não foi realizado roadshow – apresentação da operação dos investidores – porque o Bradesco é um emissor frequente e conhecido dos investidores.
A demanda pelos bônus do Bradesco superou em sete vezes o valor captado e 14 vezes o montante inicialmente ofertado no lançamento da operação de US$ 500 milhões, conforme havia antecipado a Agência Estado. Os papéis foram emitidos oferecendo um rendimento ao investidor (yield) de 5,75%, vendidos ao par, resultando em um cupom de 5,75%. O spread acima do rendimento dos Treasuries de 10 anos foi de 365 pontos-base. A operação foi coordenada pelo próprio Bradesco BBI, pelo BB Securities, pelo BNP Paribas, pelo Bank of America Merill Lynch, pelo Bradesco BBI, pelo JPMorgan e pelo Standard Chartered Bank. Os bônus têm classificação de risco Baa1 pela Moody’s e BBB pela Fitch Ratings.
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