O Bradesco ampliou de 60 para 80 meses o prazo máximo de financiamento de veículos zero quilômetro. A alteração segue movimento já registrado em outras instituições financeiras de grande porte. Nas duas últimas semanas, o Santander e Itaú Unibanco anunciaram que o número máximo de prestações mensais passou de 60 para 72 meses. “O momento atual nos dá conforto para trabalhar com esses prazos”, afirmou à Agência Estado o diretor executivo do Bradesco, Ademir Cossiello. A instituição pede uma entrada mínima de 20%.

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Outra alteração diz respeito às taxas de juros. Correntistas do Bradesco pagarão a taxa mínima de 1,2% ao mês, ante 1,52% ao mês praticada anteriormente. Para os demais clientes, como aqueles que irão financiar o veículo em concessionárias parceiras da financeira Finasa, a taxa poderá ser outra.

De acordo com Cossiello, a ampliação dos prazos foi possível porque há indicações de que a taxa de desemprego deixará de crescer e, com isso, a inadimplência tende a ser mais controlável. “A inadimplência está ligada ao nível de emprego e renda e à atividade econômica. O Brasil já apresenta sinais de retomada”, afirmou.

As novas condições, segundo o executivo, farão com que a prestação fique até 18% mais barata, o que possibilitará que mais pessoas acessem esse crédito. Com isso, o Bradesco acredita que a carteira de veículos irá crescer 5% ao mês, ante os 3% mensais registrados até agora este ano.

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Segundo Cossiello, aos poucos, a redução de juros e menor percepção de risco começam a ser repassadas para todas as linhas de financiamento do Bradesco. “Toda cadeia produtiva está sendo atendida.” Para ele, os empresários estão mais otimistas e retomam os planos de investimento.