O Bradesco adiou a sua projeção do início de corte da Selic este ano após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Agora, o banco espera que a taxa básica de juros seja reduzida na reunião de agosto, ante a previsão anterior de a queda ocorrer em julho. Desta forma, na avaliação da instituição, a taxa vai terminar o ano em 12,75%, não mais 12,25% como esperado anteriormente.
Na reunião que terminou nesta quarta-feira, 8, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a Selic em 14,25% ao ano. O Banco Central repetiu o comunicado da reunião anterior, que terminou em 27 de abril. Nele, a instituição “reconhece os avanços na política de combate à inflação”, embora chame a atenção para o seu nível ainda elevado do custo de vida e para as expectativas distantes da meta.
“Desse modo, e levando em conta os riscos para a inflação no curto prazo (em especial, atrelados aos possíveis efeitos do clima sobre os preços dos alimentos in natura), alteramos nossa expectativa de redução da taxa Selic, de julho para agosto”, destacou o Bradesco em relatório.
O banco destaca ainda a posse do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e eventuais mudanças que ele possa fazer na composição do colegiado da instituição. “A nova diretoria do BC, que assume hoje, terá inúmeras oportunidades de explicitar sua estratégia para a condução da política monetária nos próximos meses – principalmente no Relatório Trimestral de Inflação, que será divulgado nas próximas semanas – o que pode nos levar a alterar novamente nossa expectativa”, destacou o banco.