O segmento de conveniência da BR Distribuidora, que tem a marca BR Mania, despertou o interesse da Lojas Americanas, que anunciou na última quinta-feira, 13, estar na disputa por fatia da subsidiária de venda de combustível da Petrobrás. Assessorada pelo Citibank, a estatal selecionou um grupo de empresas que poderiam se interessar pelo negócio para receber o prospecto com detalhes da modelagem de venda.

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Além da Lojas Americanas, estão no páreo a Itaúsa (holding de investimentos dos donos do Itaú), o fundo americano de investimentos Advent, a gestora brasileira GP Investments e a comercializadora de commodities holandesa Vitol. Segundo fontes, a maioria das empresas que recebeu o prospecto da Petrobrás já havia demonstrado interesse na BR, mas se opunha às condições impostas pela petroleira.

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As conversas com a Lojas Americanas ainda são preliminares. No comunicado, a empresa informa que identificou a BR como uma oportunidade para ganhar mercado, mas que ainda não há qualquer definição sobre uma possível apresentação de propostas.

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“A companhia está sempre atenta às oportunidades dentro da sua estratégia de crescimento e está continuamente analisando potenciais operações que agreguem valor aos seus acionistas”, informou a Lojas Americanas em comunicado divulgado na última quinta-feira.

Recuperação. A BR está na lista de ativos dos quais a Petrobrás vai se desfazer para reforçar o caixa nesse período de crise financeira, agravado pela baixa cotação do petróleo no mercado internacional e pelas consequências da Operação Lava Jato. Alguns modelos de venda foram desenhados para a BR. Apenas em julho a estatal decidiu oferecer 51% do capital votante e manter a maioria do capital total – o que dá a ela o direito de participar das decisões estratégicas da empresa.

Em um primeiro momento, a Petrobrás planejou vender uma fatia minoritária da BR, que chegaria a no máximo 25%. A companhia também pensou oferecer ações da empresa na BM&FBovespa, mas membros do conselho de administração da estatal consideraram que, antes disso, a distribuidora precisaria avançar internamente, principalmente em transparência e governança corporativa.

Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Ipiranga detinha 19,7% das vendas de combustíveis no País em março. A segunda colocada, a Ipiranga, tinha com 17,7%, já somada a participação de 3,1% da Ale, que a distribuidora do Grupo Ultra adquiriu em abril. A terceira colocada é a Raizen (joint venture entre Cosan e Shell). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.