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As ações se valorizaram ontem, fazendo a Bovespa cravar um novo recorde histórico, no embalo do otimismo em Wall Street. As Bolsas americanas se animaram com a melhora de um dado sobre a confiança do consumidor em dezembro. O Ibovespa (54 ações mais negociadas) fechou em alta de 0,69%, marcando 26.116 pontos. Foi o terceiro dia consecutivo de ganhos. Mas o volume de negócios foi fraco, somando apenas R$ 791 milhões.

O mercado americano foi impulsionado após ser divulgado que a confiança do consumidor parou de cair. O índice de confiança do consumidor subiu de 90,2 pontos em novembro para 102,3 pontos em dezembro.

O clima otimista neste final do ano deve ganhar um impulso extra no começo de 2005. A partir da próxima segunda-feira (3), o investidor vai pagar menos imposto de renda pela venda de ações na Bovespa. A alíquota do IR incidente sobre os ganhos líqüidos vai cair dos atuais 20% para 15% – ainda acima dos 10% reivindicados pelas corretoras.

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Apesar dos sucessivos recordes de pontuação, a Bovespa vai fechar 2004 com um número menor de investidores pessoas físicas aptos a operar no mercado paulista, embora a participação desse grupo de aplicadores praticamente dobrou, de 15% para 30% do volume total de negócios nos últimos três anos.

Segundo o consultor de auditoria da Bovespa, Odilson Lírio Moré, hoje são cerca de 107 mil pessoas físicas na Bolsa. No fim de 2003, eram cerca de 110 mil.

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A redução foi motivada devido ao fechamento ou redução de clubes de investimentos originados em processos de privatização. Houve encerramento principalmente de clubes de privatização da Companhia Vale do Rio Doce.

Por outro lado, a Bovespa registrou um aumento do número geral de clubes de investimentos, que hoje somam 1.010, ante os 755 no fim de 2003. No entanto, houve o cancelamento de 88 clubes neste ano – alguns porque não quiseram se enquadrar aos padrões exigidos pela Bolsa. Neste ano, foram abertos 343 clubes.