O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) teve em maio a pior queda mensal desde o auge da crise global, em outubro de 2008. O principal termômetro da bolsa brasileira perdeu 6,64% no mês passado. A baixa foi amenizada pela sessão de ontem, que encerrou com alta de 1,77%, a 63.046 pontos. No auge da crise mundial, o indicador caiu 24,8%. A forte queda, segundo especialistas, se explica, sobretudo, pela saída de cerca de R$ 2,2 bilhões de investimentos de estrangeiros do mercado acionário nacional, abalados pela crise europeia.
O dinheiro retirado pelos investidores internacionais foi, em sua maioria, redirecionado para aportes em dólar e em ouro. Por esse motivo, a moeda americana lidera o ranking de investimentos, com alta de 4,78% em maio e 4,42% no ano. O ouro ficou em segundo lugar no mês, com valorização de 4,35%. No ano, o metal precioso é o líder, com alta de 16,13%. Todos os outros perdem do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que sobe 4,79%. O dólar, segundo colocado, ganha 4,42%.
Os investimentos de menor risco, como os fundos de renda fixa e os DI, tiveram rendimentos de 0,63% e 0,60%, respectivamente, em maio. Esse tipo de aporte não é impactado pela turbulência internacional, mas pelo comportamento da taxa básica de juros (Selic), definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
De outro lado, a tradicional caderneta de poupança perde a atratividade diante dos DI. Os títulos pós-fixados também ganham mais em época de previsão da alta do juro. Os prefixados, no entanto, perdem, já que a remuneração é definida quando o título é emitido, com base na taxa vigente naquele momento.
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de até R$ 5 mil, de outro lado, tiveram o pior rendimento dentro da renda fixa, subindo 0,43%. Por serem oferecidos a pequenos investidores, estes títulos costumam ter taxas não tão atrativas.