A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mostra volatilidade, em meio a um cenário de incertezas sobre o impacto da crise no mercado imobiliário norte-americano na economia real. Os investidores continuam sensíveis às notícias sobre problemas em fundos de hedge e em instituições financeiras.

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A Bolsa paulista abriu positiva, mas às 10h21 caía 0,81%, para 48.806 pontos, após subir ontem 1,33%. Segundo analistas, como a Bovespa teve uma queda maior do que a das bolsas norte-americanas é natural que o ajuste para cima também seja maior, pois o recuo não se deu por mudanças de fundamentos mas por pressão de fluxo financeiro. "Há boas oportunidades de compras, muitas ações estão com preços atraentes", afirma um gestor de recursos.

O desempenho das bolsas em Nova York permanece sendo o fio condutor da Bovespa. Os índices futuros lá operam de lado, na expectativa do resultado da reunião do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, com o presidente do Comitê de Bancos do Senado, Christopher Dodd e com o secretário do Tesouro, Henry Paulson, para discutir a crise no mercado de crédito. O encontro deve ocorrer perto das 11 horas, de Brasília.

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A demanda por caixa nos EUA continua forte. Os Treasury bills, títulos do Tesouro dos EUA de curto prazo, para três meses voltaram a disparar nesta manhã, projetando o juro de tal papel em queda de 24 pontos-base para 2,94%. O movimento mostra que apesar da provisão de crédito oferecida pelo Fed, com o corte sexta-feira da taxa de redesconto, as condições de crédito continuam apertadas. Na Europa, as bolsas estão oscilando.

Como muitas das ações de primeira linha no Brasil são dependentes de commodities, a Bovespa pode ser afetada nesta terça-feira (21) também pela queda nos preços dos metais e do petróleo.

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