Bovespa negocia mais de R$ 2 bilhões

São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alternou tendências e fechou ontem em baixa de 0,48%, com o Índice Bovespa em 16.341 pontos. A proeza ficou por conta dos R$ 2,113 bilhões negociados, o maior volume financeiro desde 18 de abril de 2001. O montante foi incrementado pela movimentação de R$ 991,6 milhões do exercício de opções, que ocorre mensalmente na bolsa paulista.

A outra boa notícia do dia foi a entrada de R$ 577,7 milhões em recursos estrangeiros na Bovespa nos dez primeiros dias de setembro. Com esse resultado, a bolsa já contabiliza ingresso de R$ 4 bilhões em dinheiro estrangeiro no acumulado do ano. A animação dos investidores internos e externos se funda principalmente na expectativa de queda dos juros e conseqüente aquecimento econômico do país.

Telemar PN acabou fechando em alta de 1,93%, a R$ 41,54 o lote de mil. Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores altas ficaram com Telesp PN (+6,9%) e Tele Leste Celular PN (+6%). Já as maiores baixas do índice foram de Eletropaulo PN (-4,7%) e Brasil Telecom Participações ON (-4,7%). Mesmo com a baixa de ontem, a bolsa acumula alta de 7,6% no mês e de 45% ano ano.

Dólar em queda

O fluxo cambial positivo e a expectativa de ingresso de novos recursos externos ao país derrubaram o dólar nesta segunda-feira. A moeda americana fechou em baixa de 0,68%, cotada a R$ 2,880 na compra e R$ 2,883 na venda. Os investidores aguardam a chegada de recursos de captações externas fechadas recentemente e especulam sobre o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No mercado futuro de juros, as taxas fecharam em queda significativa, à espera de um corte de pelo menos dois pontos na taxa Selic.

O Copom se reúne hoje e amanhã para decidir sobre o percentual da taxa básica de juros da economia, a Selic. A taxa está hoje em 22% ao ano, depois de um corte de 2,5 pontos promovido em agosto. Segundo as estimativas dos agentes financeiros, os diretores do Banco Central, que integram o Copom, deverão reduzir a taxa em pelo menos dois pontos percentuais. Os mais otimistas defendem uma redução mais agressiva, de até três pontos.

O otimismo do mercado com o cenário interno favorável também atingiu os títulos da dívida externa e o risco-país. No final da tarde, o C-Bond subiu 0,27%, negociado por 92% do seu valor de face. O risco-país, por sua vez, recuou 2,36%, para 660 pontos-base.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo