Com valorização de 10,67%, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi a melhor aplicação financeira em setembro. Há dois meses a Bolsa não liderava o ranking dos investimentos. O ouro, em segundo lugar, subiu 3,77%. Já o dólar comercial, com queda de 6,57%, ocupa a última posição no ranking de setembro; em agosto, foi o primeiro colocado.
No segmento de renda fixa, em setembro, pelo segundo mês consecutivo, fundos de investimento, CDBs e caderneta ofereceram rendimento abaixo da inflação, que no mês foi de 1,29%, medida pelo Índice Geral de Preço do Mercado (IGP-M).
Em setembro, a Bolsa retomou o fôlego perdido em julho, motivada pelo corte de 0,5 ponto porcentual da taxa de juro americana pelo Fed (banco central americano) no dia 18 de setembro e pela expectativa de que a instituição poderá fazer nova redução da taxa em sua reunião de outubro. Condições internas favoráveis, como queda dos juros, maior atividade econômica e crescimento do PIB, também deram impulso às ações.
Renda fixa
Na renda fixa, os fundos de renda fixa foram a melhor opção em setembro, com rendimento de 0,78%, já descontado o Imposto de Renda de 22,5% sobre o rendimento. O desempenho representou uma recuperação ante agosto, quando esses fundos, por terem títulos prefixados, foram prejudicados pela forte elevação dos juros internos no meio do mês em decorrência do agravamento da crise de hipotecas americanas do subprime (de alto risco).
Os fundos DI, cujo objetivo de rendimento é acompanhar o juro de mercado, incorporou em setembro a queda das taxas internas após a dissipação da crise americana e fechou o mês com rendimento líquido médio de 0,62%. Para pequenos investidores, no entanto, que têm acesso a carteiras que cobram taxas de administração mais elevadas, o rendimento foi de 0,50%, menor que o de 0,54% oferecido pela caderneta.
No ano, até setembro, a Bolsa também é líder de rendimento, com valorização de 35,94%, enquanto o dólar comercial mantém-se na última posição, com queda de 14,14%. Nesse prazo mais longo, as aplicações de renda fixa oferecem rendimento acima da inflação acumulada em 4,07% pelo IGP-M. Os rendimentos líquidos médios acumulados no período são de: fundos de renda fixa, 7,77%; fundos DI, 7,38% (6,06% para pequenos investidores); CDB de R$ 100 mil, 7,06%; CDB de R$ 5 mil, 5,60%; caderneta, 5,85%; ouro, 1,15%; e dólar paralelo, queda de 11,02%.