Bovespa fecha em queda de 5,25%

O índice Bovespa, que concentra as 56 ações mais negociadas da Bolsa de Valores de São Paulo, teve ontem a segunda maior queda do ano. Caiu 5,25% e terminou aos 8.715 pontos, o menor nível desde 25 de fevereiro de 1999, quando finalizou em 8.674 pontos. O Ibovespa não encerrava um pregão abaixo do patamar de 9.000 pontos desde o dia 26 de fevereiro de 1999, quando encerrou em 8.910 pontos. Com esse resultado, o índice fecha a semana com perdas acumuladas de 9%. No “setembro negro”, a baixa já é de 16%. No ano, amarga desvalorização de 35,8%.

Especulações sobre o resultado da pesquisa Datafolha, a ser divulgada no final de semana, e a queda das Bolsas americanas foram as principais justificativas do mercado para a forte baixa da Bovespa.

Comentou-se que José Serra (PSDB), o candidato do governo e o preferido dos bancos, vai perder o segundo lugar na corrida presidencial para Anthony Garotinho (PSB). Se confirmado o boato, caem as chances de Serra ir a um eventual segundo turno com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas.

Ontem só quatro ações do Ibovespa fecharam em alta, sendo três exportadoras, que ganham com o dólar alto.

A ação preferencial da Petrobras desabou 9,34% para R$ 35,99, quarta maior baixa, e liderou o giro de negócios (R$ 136 milhões ou 24,2% do total). Motivo do tombo: investidores estrangeiros temem um controle de preços dos combustíveis num eventual governo federal do PT.

O volume de negócios da Bovespa somou hoje R$ 664,341 milhões, acima da média diária do mês.

Para o diretor da corretora Planner, uma das mais atuantes do mercado paulista, Luiz Antonio Vaz das Neves, a próxima semana, a última antes das eleições de 6 de outubro, tende a continuar refletindo as especulações e os resultados sobre as oito pesquisas previstas para serem divulgadas. Com isso, o investidor estrangeiro vai ficar distante do mercado brasileiro.

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