Depois da montanha russa que foi este mês na Bolsa de Valores de São Paulo, agosto terminou com saldo positivo. O Ibovespa, principal índice, avançou nesta sexta-feira (31) 3,37% e fechou aos 54.637 pontos. Com esse gás final, a Bovespa acumulou alta de 0,84% este mês, apesar da crise do setor de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos, que abalou os mercados financeiros ao redor do mundo.

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Quem garantiu os ganhos nesta sexta-feira foi o presidente norte-americano, George W. Bush, que pediu aos congressistas de seu país que reformem a administração federal de habitação (FHA, na sigla em inglês), o código tributário para proprietários de imóveis, e que confiram maior transparência ao mercado de hipotecas.

Também impulsionou os mercados o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, na abertura de conferência anual sobre economia promovida pelo Federal Reserve Bank de Kansas City. Bernanke afirmou que o Fed deve levar em consideração os efeitos da recente turbulência nos mercados financeiros nas decisões de política monetária e que está pronto para agir, conforme o necessário, para reduzir este impacto sobre a economia.

Alguns analistas disseram que os comentários de Bernanke apontam para prováveis cortes do juro básico dos Estados Unidos (atualmente em 5,25% ao ano) pelo Fed, talvez na reunião de 18 de setembro. Mas outros observadores do mercado disseram que os comentários indicam que o Fed precisa de evidências mais claras de que a economia dos EUA está frágil antes de cortar os juros.

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De qualquer forma, os principais índices das Bolsas de Nova York terminaram o dia com ganhos expressivos e também fecharam o mês em alta. O Dow Jones subiu nesta sexta-feira 0,90% e acumulou elevação de 1 10% no mês. O Nasdaq avançou 1,21% hoje e 1,97% em agosto.