O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, informou nesta quinta-feira, 8, que o acordo automotivo Brasil e Argentina será prorrogado provisoriamente por um ano. O acordo atual expira em 30 de junho. Para os 12 meses seguintes, haverá um cronograma de trabalho para o fechamento de um acordo definitivo que leve o setor automotivo para o livre comércio.

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Segundo Borges, o acordo provisório terá a volta do sistema “flex”, mas ainda não foi definida a sua proporção. Até o meio do ano passado, o índice era de 1,95. Ou seja, para cada US$ 1 milhão em veículos argentinos exportados para o Brasil, as montadoras brasileiras teriam direito a exportar US$ 1,95 milhão à Argentina sem incidência de imposto de importação. O acordo venceu no final de junho de 2013 e foi prorrogado por mais um ano sem limitação de comércio.

A Argentina quer voltar com o sistema de “flex”, mas com um índice menor, de 1,30. “A proposta brasileira é de prorrogação do acordo por um ano. Não temos objeção à volta do flex desde que esse flex dê conforto para a manutenção e o aumento da corrente de comércio Brasil-Argentina”, disse Borges. Segundo ele, o Brasil não concorda com a proposta argentina por considerar 1,30 muito baixo. “Tem que ser 1,95 ou algo próximo que dê conforto ao fluxo de comercio”, argumentou. “Mas temos condições de chegar a um acordo sobre isso”, afirmou.

Segundo ele, com a prorrogação por um ano os dois países terão tempo para trabalhar um acordo de longo prazo. “O objetivo é trazer a cadeia automotiva para o livre comércio que está previsto há muito tempo nas negociações com o Mercosul, como já ocorre com todos os outros setores”, disse.

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Metas

Borges informou que na próxima terça-feira o setor automotivo irá apresentar as metas para a integração do comércio bilateral entre Brasil e Argentina. “Do ponto de vista do governo temos metas fixadas e o setor privado tem até terça-feira para convergir nos números que vão definir os indicadores das metas”, afirmou.

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O ministro informou que o Banco Central argentino também se comprometeu “a cursar todas as divisas necessárias para que o comércio bilateral se mantenha”. “Isso tem que ser comemorado”, disse. A Argentina estava limitando as importações do País porque estava enfrentando problemas de divisas.