O ministro dos Transportes, César Borges, informou que oito consórcios apresentaram propostas para o leilão do trecho da BR-050, mas nenhum grupo se interessou pela concessão do trecho da BR-262. “Lamentavelmente, nenhuma empresa apresentou proposta para a BR-262. Em nenhum momento, o governo recebeu mensagens de desinteresse por parte do setor. Estou surpreso por não ter havido concorrentes”, comentou o ministro nesta sexta-feira, 13, fim do prazo para entrega de documentos para disputar o leilão, marcado para a próxima quarta, 18.

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O ministro disse ainda ser cedo para avaliar os motivos da desistência dos empresários. “Os comentários eram de que os dois trechos eram atrativos. A BR-050 se confirma, mas a BR-262 não se confirma”, frisou.

Para Borges, também é cedo para declarar o que o governo fará agora com o lote rodoviário. “A BR-262 poderá ser licitada em outro momento, ou poderá não ser mais leiloada. Mas essas ainda são só possibilidades.”

Apesar da frustração do governo, o ministro afirmou que o cronograma de leilões de rodovias segue normalmente. “Vamos avaliando os lotes um a um. A falta de concorrentes em uma só rodovia não irá alterar o nosso cronograma”, garantiu, lembrando que, inicialmente, o leilão do trecho baiano da BR-101 está mantido para 23 de outubro.

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Mesmo decepcionado com a falta de concorrentes para a BR-262, Borges se disse satisfeito com os oito concorrentes para a BR-050. “Saímos empatados, tivemos um sucesso e um insucesso. Mas com oito concorrentes na BR-050, esperamos ter um bom deságio no leilão.”

O último trecho leiloado pelo governo federal, a BR-101 no Espírito Santo, no início de 2012, apresentou deságio de mais de 45%.

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O trecho da BR-050 tem 436 quilômetros de extensão, desde o entroncamento com a BR-040, em Cristalina (GO), até a divisa de Minas Gerais e São Paulo, no município de Delta. A estrada tem 218,1 quilômetros duplicados.

O trecho da BR-262 tem 375,6 quilômetros do entroncamento com a BR-101 no município de Viana (ES) até a BR-381 em João Monlevade (MG), sendo que 180,5 quilômetros de duplicação estão a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).