As bolsas europeias operam sem direção única nesta manhã de segunda-feira, em meio a novas complicações para o Brexit, como é conhecido o processo para retirar o Reino Unido da União Europeia, e esperanças de que os Estados Unidos e China avancem mais em suas negociações comerciais esta semana.
Os maiores mercados da Europa, incluindo o de Londres, estão pressionados nas primeiras horas de negócios após relatos de que um grupo de parlamentares do Partido Trabalhista britânico, de oposição, pretende renunciar em protesto à forma como o líder da legenda, Jeremy Corbyn, vem lidando com a questão do Brexit.
O grupo, possivelmente formado por cinco legisladores, deverá fazer o anúncio ainda hoje, após semanas de pressão para que Corbyn mude de estratégia e inicie uma campanha para a realização de um segundo plebiscito sobre a permanência ou não do Reino Unido na UE.
Corbyn diz que só manterá a opção de um segundo plebiscito “na mesa” se o governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, não conseguir garantir com Bruxelas um acordo de Brexit que possa ser aprovado no Parlamento. O prazo final para que o Brexit ocorra é 29 de março.
Por outro lado, investidores estão esperançosos de que EUA e China conseguirão eventualmente superar suas desavenças comerciais e fechar um pacto. Após as conversas da semana passada em Pequim, ambos os lados falaram em “progresso” nas negociações.
Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou na última sexta-feira (15) a possibilidade de estender o prazo de 1º de março para que Washington e Pequim cheguem a um acordo. Se não houver entendimento até essa data, a Casa Branca poderá elevar tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em bens chineses, de 10% para 25%.
Hoje é feriado nos EUA, o que tende a comprometer a liquidez na Europa e em outras partes do mundo, mas o diálogo comercial sino-americano será retomado esta semana em Washington.
Às 6h52 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,28%, a de Frankfurt recuava 0,22% e a de Paris tinha baixa marginal de 0,04%. Já os mercados em Milão, Madri e Lisboa subiam 0,38%, 0,28% e 0,17%, respectivamente. No câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,1315, de US$ 1,1303 no fim da tarde de sexta-feira, e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2915, ante US$ 1,2894 na sexta. Com informações da Dow Jones Newswires.