As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, nesta quarta-feira, em um dia de oscilações ante ganhos e perdas. A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) inicialmente fez os índices acionários piorarem, mas houve recuperação na reta final do pregão, deixando-os na maioria em alta.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,13%, em 27.147,08 pontos, o Nasdaq recuou 0,11%, a 8.177,39 pontos, e o S&P 500 teve ganho de 0,03%, a 3.006,73 pontos.
O Fed cortou os juros em 25 pontos-base, como esperado, mas elevou sua projeção para o crescimento econômico neste ano nos EUA. Os dirigentes preveem mais uma redução de juros na mesma proporção até o fim deste ano, mas não apontam para novos cortes em 2020. Em meio a esses sinais, o Danske Bank apontou que o BC não se comprometeu com outras medidas de relaxamento monetário adiante. Três dos dirigentes discordaram da decisão, com dois deles preferindo manter os juros e o outro, um corte de 50 pontos-base hoje. “Nós temos uma clara divisão no comitê e o maior número de dissidentes desde 2016”, afirma o banco dinamarquês.
Nas bolsas, a reação inicial foi negativa à comunicação do Fed. Ao longo da tarde, contudo, o presidente da instituição, Jerome Powell, voltou a enfatizar que o BC agirá mais para apoiar a economia, se necessário, e uma visão mais benigna sobre o quadro propiciou melhora nos índices acionários.
Entre os setores, o financeiro se destacou, com Goldman Sachs em alta de 0,54%, JPMorgan de 1,00% e Citigroup, de 0,88%. No setor de tecnologia, Apple subiu 0,94%, mas Intel caiu 0,40%.
As petroleiras não tiveram sinal único, mas caíram na maioria, em jornada negativa para o petróleo. Chevron subiu 0,23%, mas ExxonMobil recuou 0,48% e ConocoPhillips teve baixa de 1,98%.
Entre outras ações em foco, General Motors caiu 0,29%, em meio à greve de dezenas de milhares de trabalhadores da empresa nos EUA. A S&P afirma que, se a paralisação iniciada nesta semana passar de suas semanas, isso poderia representar riscos de baixa para os ratings da GM.