economia

Bolsas de NY fecham mistas, no aguardo de Fed, EUA-China e balanços

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 29, enquanto investidores aguardam pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na quarta-feira e monitoram as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que serão retomadas presencialmente em Xangai a partir de amanhã.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,11%, aos 27.221,35 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,16% para 3020,97 pontos e o Nasdaq recuou 0,44% a 8,293,33 pontos.

O subíndice de serviços financeiros do S&P 500 teve queda de 0,78% e liderou perdas, com baixas do Goldman Sachs (-0,82%), JPMorgan (-0,32%), Citigroup (-0,55%), Bank of America (-0,81%), Morgan Stanley (-1,11%) e Wells Fargo (-2,07%). O segmento financeiro é sensível a alterações nos juros, uma vez que eles afetam as taxas que os bancos coletam dos devedores e pagam aos credores.

O subíndice de consumo discricionário do S&P 500 também sofreu retração, de 0,58%, em meio a quedas de empresas como Amazon (-1,57%), General Motors (-0,22%), McDonalds’s (-0,28%) e Starbucks (-1,10%). Já o setor de concessionárias avançou 0,49% e o imobiliário teve alta de 0,46%.

A temporada de balanços de empresas continua a fazer preço nas bolsas nova-iorquinas. Na manhã de hoje, a farmacêutica Pfizer (-3,81%) divulgou que seu lucro líquido no segundo trimestre de 2019 foi 30% maior do que no mesmo período do ano anterior, mas a receita recuou 2% no mesmo período. A empresa anunciou hoje que fechou um acordo para fundir sua subsidiária Upjohn com a Mylan, também do setor bioquímico, para criar uma companhia farmacêutica global.

Em meio à agenda de indicadores e da decisão de política monetária da semana, as atenções dos investidores se voltam para o Fed, que anunciará na quarta-feira se cortará ou não juros nos EUA. O consenso entre agentes do mercado é de uma redução de pelo menos 25 pontos-base, com apostas também em um corte mais profundo, mas menos provável, de 50 pontos-base.

Para o analista Philip Marey, do Rabobank, a redução de 25 pontos-base é certa, e deve funcionar como um “corte de segurança” para inaugurar um ciclo de relaxamento monetário no ano que vem. “Com a falta de progresso nas negociações entre EUA e China, devem persistir as incertezas que pesam sobre os investimentos, gerando o risco de que o Fed adicione novos cortes nos próximos trimestres”, avalia Marey, que prevê cinco reduções de 25 pontos-base em 2020 e outra em 2021.

Neste contexto, ainda que as negociações entre Washington e Pequim estejam agendadas para reiniciarem amanhã em Xangai, autoridades do governo americano vêm reforçando que não há expectativa para se chegar a um acordo conclusivo. Na semana passada, o presidente Donald Trump sugeriu que os chineses podem esperar até depois das eleições presidenciais de 2020 para aceitar um acordo, enquanto o diretor do Conselho Econômico Nacional, Larry Kudlow, afirmou que Trump “não tem medo” de aplicar novas tarifas como ferramenta de negociação.

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