Os índices acionários europeus operam majoritariamente em alta, embora em um movimento contido, nesta quinta-feira. Investidores aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e a coletiva de imprensa de seu presidente, Mario Draghi, em busca de sinalizações sobre os próximos passos da instituição, em meio a uma forte valorização do euro.

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Às 8h50 (de Brasília), a bolsa de Londres subia 0,12%, a de Paris avançava 0,30%, a de Frankfurt recuava 0,16%, enquanto a de Milão tinha alta de 0,42%. Já a bolsa de Madri ganhava 0,52% e a de Lisboa mostrava avanço de 0,28%.

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Ao surpreender o mercado com a ata da reunião de política monetária de dezembro, na qual expressou a possibilidade de alterar suas diretrizes neste início de ano caso a economia da zona do euro continue em expansão, o BCE contribuiu para a alta do euro frente o dólar e para o avanço nos juros dos bônus europeus. Para os analistas, entretanto, a comunicação da reunião de hoje não deve trazer novidades sobre o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) e, provavelmente, Draghi não comentará explicitamente a valorização do euro.

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No entanto, a máxima em três anos atingida pelo euro ontem frente ao dólar pode mostrar um BCE capaz de “alimentar fantasias ‘hawkish’ de uma alta nos juros ainda neste ano”, segundo Viraj Patel, do banco holandês ING. Já o BBH vai na direção contrária e aponta que o BCE deve diminuir as expectativas dos mercados de um tom mais “hawkish”. A decisão será divulgada às 10h45, seguida da coletiva com o presidente do BCE, às 11h30.

O forte avanço do euro ante o dólar na sessão anterior, fez as bolsas recuarem significativamente ontem. Hoje, os índices acionários mostram uma leve recuperação, embora o euro tenha atingido o maior nível desde 2014, a US$ 1,2460. A moeda comum, que já se valorizou 5% ante a divisa americana somente em 2018, ganhou ainda mais fôlego após os comentários do secretário do Tesouro dos EUA ontem, Steven Mnuchin, de que um dólar mais fraco é “bom para os negócios. Hoje, o secretário tentou minimizar a fala do dia anterior e disse “não estar preocupado com o dólar no curto prazo”.

Entre os indicadores divulgados mais cedo, o índice de confiança do consumidor da Alemanha elaborado pelo instituto GfK subiu para 11 na pesquisa de fevereiro, de 10,8 na leitura de janeiro, surpreendo analistas. A expectativa era de manutenção, a 10,8. O país também revelou que o índice de sentimento das empresas subiu de 117,2 em dezembro para 117,6 em janeiro, igualando o nível recorde de novembro, segundo pesquisa do instituto Ifo. Analistas previam a queda do indicador, a 117.