Bolsas asiáticas iniciam semana em alta

A maioria dos mercados asiáticos registrou elevação nesta segunda-feira. A decisão do Banco do Povo da China (PBoC) de reduzir a exigência do depósito compulsório dos bancos em 0,5 ponto porcentual a partir do dia 24 de fevereiro com o objetivo de aumentar a liquidez e estimular a economia foi determinante para a alta dos mercados. Também estimulou os investidores a expectativa de que hoje pela manhã, o Eurogrupo, fórum de ministros de Finanças da zona do euro, anuncie o desbloqueio do segundo plano de socorro à Grécia, de ? 130 bilhões.

O Índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,1%, aos 9.485 pontos. Apesar do anúncio de um déficit comercial recorde em janeiro, o índice manteve sua jornada rumo à marca dos 10 mil pontos, impulsionado pela decisão do banco central da China de reduzir o compulsório dos bancos, dando aos investidores motivos para investir em papeis ligados à nação emergente. O mercado também reagiu com alívio à decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor’s de reafirmar o rating soberano do Japão em AA-, mantendo a perspectiva negativa.

Na Coreia do Sul, a o índice Kospi da Bolsa de Seul fechou praticamente estável, em 0,1%, aos 2.024 pontos. Os negócios foram sustentados por compras de investidores estrangeiros, no total de 162 bilhões de wons (US$ 143,7 milhões), após a notícia de que a China decidiu reduzir a taxa de reserva do compulsório dos bancos. Para o analista da Hyundai Securities Bae Sung-young, o Kospi provavelmente terá fôlego a partir de agora para consolidar-se em torno dos 2 mil pontos. Samsung terminou em queda de 1,7%, afetada pelas incertezas do mercado sobre a possível fusão entre a Samsung Mobile Display – uma joint venture com a Samsung Electronics – e a nova empresa de LCD da Samsung, dizem analistas. Por setor, siderúrgicas e químicas ficaram entre os líderes de alta. Hyundai Steel subiu 2,85%, enquanto LG Chem ganhou 2,3%.

Na Bolsa de Xangai, as ações terminaram levemente em alta, influenciadas pela expectativa de aumento da liquidez após Banco do Povo da China (PBoC, o banco central) anunciar um corte de 0,5 ponto porcentual na exigência do compulsório dos bancos. No entanto, persistentes preocupações quanto à desaceleração da economia do país permanecem e reduziram os ganhos. O índice Xangai Composto fechou em alta de 0,27%, aos 2.363 pontos. Segundo analistas, a tendência é de que o oscile entre 2.300 e 2.400 nas próximas sessões, já que investidores esperam uma pequena mudança nas condições de liquidez.

Em Taiwan, a Bolsa de Taipé encerrou em alta de 0,8%, aos 7.954 pontos, na esteira dos ganhos nos mercados da região, praticamente todos influenciados positivamente pela política de relaxamento da liquidez dos bancos adotada pela da China e pelo expectativa dos investidores de que a Grécia estaria prestes a receber um segundo plano de socorro financeiro.

No mercado de ações da Austrália, as medidas de estímulo anunciadas pela China no fim de semana elevaram a avaliação dos ativos. O S&P/ASX 200 Index avançou 1,4% nesta segunda-feira na Bolsa de Sydney, a 4.256 pontos. BHP Billiton, Rio Tinto, Westpac, National Australia Bank, News Corp subiram mais que 2%, enquanto os ganhos de Newcrest, Fortescue Metals, Santos, Amcor atingiram 3%.

A Bolsa de Hong Kong encerrou em baixa, apesar da decisão da China de elevar a liquidez dos bancos. O motivo é que os investidores realizaram lucro após uma sequencia de sete semanas consecutivas de alta no índice. O Hang Seng recuou 0,3%, para 21.424 pontos.

Em Manila, na bolsa das Filipinas, o PSEi fechou em alta de 1,3%, aos 4943 pontos, novo recorde de pontuação. Os ganhos no ano alcançam 13.1%. Como em outros mercados da região, a redução do compulsório na China e a perspectiva de um desfecho nas negociações para um segundo plano de socorro financeiro para a Grécia impulsionaram os ganhos. As informações são da Dow Jones.

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