São Paulo – A Bolsa de São Paulo (Bovespa) acumulou valorização de 12,24% em novembro e foi, mais uma vez, a aplicação mais rentável, pelo quinto mês consecutivo. Em apenas cinco meses, entre julho e novembro, a bolsa paulista somou 55,15% da valorização de 79,12% obtida em 11 meses do ano, período em que a bolsa bateu também todos os demais investimentos.

O ouro, com alta de 5,37%, foi o segundo colocado na corrida dos investimentos de novembro, seguido pelo dólar comercial, com 2,83%. A mais rentável entre as aplicações de renda fixa foi o CDB para valores de aplicação acima de R$ 100 mil, com rendimento bruto de 1,41%, à frente dos fundos de renda fixa, com 1,19%. Todas elas, incluída a caderneta de poupança, com rentabilidade de 0,68%, ganharam da inflação de 0,49% pelo IGP-M em novembro.

Pelos dados da Economática Software de Apoio a Investidores, a Bolsa de São Paulo, com rendimento em dólar de 112,3%, é a terceira mais rentável no ano, até 27 de novembro, entre as bolsas mundiais. Está atrás apenas da de Caracas, com valorização de 119,4%, e da de Buenos Aires, com 115,3%.

O brilho das ações, as mais rentáveis em 7 dos 11 meses deste ano, ficou mais acentuado neste mês, quando o Ibovespa bateu o recorde de pontos (20.183 pontos hoje) desde sua criação em janeiro de 1968. Nunca também o capital estrangeiro teve participação tão forte: o saldo positivo no ano, até 20 de novembro, foi de R$ 5,982 bilhões.

Os especialistas em mercado financeiro permanecem otimistas com a tendência da bolsa. O analista de investimentos Fabio Colombo comenta que o mercado de ações continua acenando com perspectiva de alta porque a bolsa vem de três anos consecutivos de baixa e há bons sinais, pela frente, de recuperação da economia americana. Ele diz que, embora tenha subido quase 80% neste ano, a base de comparação é muito baixa.

Para o analista de investimentos da SLW Corretora de Valores, Luiz Marcos Prudêncio, a continuidade de alta das ações em novembro refletiu, entre outros fatores internos, a expectativa de retomada da economia, a perspectiva de conclusão da votação das reformas no Congresso e queda mais consistente dos juros. Pelo lado externo, refletiu o aquecimento da economia dos Estados Unidos.

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