O Ibovespa renovou nesta quarta-feira, 4, máximas históricas intradia e de fechamento, agora na casa de 110 mil pontos, com impulso proporcionado pelo exterior e avaliação positiva sobre os mais recentes indicadores brasileiros, especialmente o PIB, que reforçam a perspectiva para o ritmo de atividade e os resultados das empresas em 2020. O principal índice da B3 fechou o dia em alta de 1,23%, a 110.300,93 pontos, superando a marca de 7 de novembro, de 109.580,57 pontos.

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O Ibovespa fechou hoje exatamente na máxima da sessão, e, na semana, o ganho acumulado até aqui é de 1,91%. O giro financeiro desta sessão foi de R$ 18,1 bilhões.

Apesar do otimismo que prevalece neste início de mês, há alguma divergência quanto à extensão de um eventual rali de fim de ano, com parte das casas mantendo projeções para a faixa de 115 mil a 120 mil pontos no fechamento de 2019.

“O próprio entusiasmo com o PIB é algo exagerado, estamos crescendo apenas 1%, é muito pouco. A leitura veio um pouco acima da mediana das estimativas e houve entusiasmo – o mesmo não aconteceu agora com a produção industrial, que ficou um pouco abaixo da mediana, mas ninguém deu muita atenção”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador financeiro sênior na Renascença, que avalia que, daqui ao fim do ano, não há muita margem para grande avanço, e o Ibovespa deve ficar mesmo em torno de 110 mil pontos.

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No exterior, mais uma vez o presidente americano, Donald Trump, foi o catalisador decisivo, com a observação de que EUA e China estariam mais perto de entendimento – idas e vindas retóricas, em base quase diária, que continuam a ser levadas ao pé da letra.

Assim, na sequência de dois dias de perdas na semana, pós-Black Friday, os índices de referência de Nova York voltaram a fechar em alta nesta quarta-feira, tendo renovado máximas históricas na semana passada. “Como a agenda doméstica está esvaziada daqui ao fim do ano, o que está movendo é o exterior, e o que se vê é EUA-China ora jogando para cima, ora jogando para baixo”, diz Monteiro, da Renascença.

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Com cenário mais benigno, as ações de bancos, como Bradesco (+2,58% para a preferencial no fechamento), Itaú Unibanco (+3,60%) e Santander Unit (+1,74%), seguiram em recuperação nesta quarta-feira, enquanto as de proteína animal, como JBS (-2,82%) e Marfrig (-2,57%) tiveram desempenho negativo, após recente progressão.

Em destaque desde a véspera da Black Friday, as ações de varejo e consumo não tiveram direção única nesta sessão, com Via Varejo em baixa de 0,53% e Magazine Luiza, de 1,17%, ainda acumulando ganho de 96,02% no ano. Entre as de desempenho positivo na sessão, destaque para as ações de siderurgia, com CSN em alta de 2,74%, Gerdau, de 1,23%, e Usiminas, de 2,44%. A ação da Vale fechou em alta, de 0,99%, enquanto a da Petrobras PN avançou 2,35%.