O Ibovespa conseguiu voltar e se manter na região de suporte técnico, dos 106,3 mil pontos, mas em uma sessão marcada por alta comedida que não teve capacidade de anular as perdas acumuladas em 1,00% na semana que se encerra nesta quinta-feira, 14, em razão do feriado da Proclamação da República, na sexta-feira, 15.

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O principal índice do mercado acionário brasileiro fechou com ganho de 0,47%, aos 106.556,88 pontos, e um volume financeiro de R$ 17,9 bilhões.

As tensões geopolíticas nesta semana, com destaque para o recrudescimento das questões políticas em vizinhos latinos – com a alta do dólar ante moedas emergentes – arranharam o mercado acionário brasileiro.

“Uma vez que nós paramos de falar de Previdência, que já está até promulgada, era para o mercado andar um pouco mais, mas isso não ocorreu”, observa Ariovaldo dos Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor.

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Ele chama atenção também para alguns fatores, que mexeram com a análise de empresas listadas, em especial os bancos.

Segundo ele, o fato de a Caixa ter anunciado uma queda forte de sua taxa de juros fez com que instituições financeiras, listadas no principal índice da Bolsa, tendessem a cair, sob o temor de que um novo nível de juros à pessoa física reduza a rentabilidade dos negócios. “Qualquer alívio nos bancos muda o patamar da Bolsa.”

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No cenário externo, prevaleceu também na semana a falta de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China, com os chineses mostrando relutância em firmar compromisso quanto a um volume de compras de produtos agropecuários americanos.

Na próxima semana, os investidores tendem a reagir mais a questões econômicas domésticas, se o cenário externo ajudar, avaliam analistas, ao considerar o quadro interno, em evolução favorável apesar da cautela sobre a política.

Com a temporada de balanços corporativos chegando ao fim, os investidores contarão na semana que vem com uma agenda mais forte de dados econômicos, como os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a criação de empregos e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), além do nível de confiança da Fundação Getulio Vargas (FGV).