Em dia de liquidez moderadamente reduzida, véspera de feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e sem negócios em Nova York nesta quinta-feira, 28, o Ibovespa conseguiu se firmar em alta no meio da tarde, encerrando o dia com ganho de 0,61%, a 107.707,75 pontos, após perda de 1,26% no dia anterior. O giro financeiro foi de R$ 15,5 bilhões, bem abaixo da média das últimas sessões – ontem, chegou a R$ 26,8 bilhões. No mês, o Ibovespa volta a acumular ganho, de 0,46%, com alta de 22,55% no ano.
Com a relativa acomodação do dólar após os picos desta semana, o Ibovespa pôde se beneficiar do dia em geral positivo no exterior. Em Nova York, os três índices de referência – Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq – renovaram nesta quarta-feira, 27, máximas históricas de fechamento pelo terceiro dia seguido.
Em São Paulo, alguma recuperação para as ações do setor financeiro, com peso em torno de 25% na composição do Ibovespa e que havia estado entre os de desempenho negativo nas últimas sessões. Destaque também para o setor de varejo, com a ação da Via Varejo em alta de 4,03% e da Lojas Americanas, de 4,10% no fechamento, com Magazine Luiza apontando ganho de 5,95% na sessão.
O dólar mais forte continua a favorecer o desempenho das ações de empresas com geração de receita na moeda, como as do setor de papel e celulose (Suzano +2,68%). A Vale, contudo, fechou em baixa de 1,25% para a ação ordinária, com o ajuste negativo, de 1,95%, nos preços do minério de ferro em Qingdao.
A ação da Petrobras fechou em alta moderada, em dia de perda para as cotações do petróleo, após a elevação dos estoques dos EUA, quando se aguardava queda na contagem da semana. Favoreceu o desempenho das ações da empresa (Petrobras ON +0,19% e PN +0,48%) o fim da greve dos petroleiros, que havia sido iniciada na última segunda-feira, e o aumento dos preços da gasolina.
“De forma geral, tivemos hoje um ajuste técnico, acompanhando lá fora, com cautela ainda, especialmente porque amanhã será feriado em Nova York e, na sexta-feira, a sessão por lá será em meio período”, diz Pedro Galdi, analista da Mirae, para quem o gatilho decisivo, daqui ao fim do ano, continua a ser alguma ruptura decisiva em relação à disputa comercial EUA-China.