Bolsa fecha em alta, dólar em queda

A quarta-feira de Cinzas foi apática no mercado acionário brasileiro ontem, que operou somente após às 13h. Mesmo com o movimento positivo nas Bolsas dos EUA, a Bovespa operou a maior parte do dia negativa, ainda repercutindo as quedas registradas no mercado norte-americano nos dois primeiros dias da semana, principalmente do índice Dow Jones, que atingiu ontem o menor nível do ano. No final dos negócios, porém, o índice da Bovespa inverteu o movimento e encerrou o pregão com alta moderada de 0,24% e 10.305 pontos, após atingir queda de 1,71%. Perto do fechamento da Bolsa paulista, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, apontava valorização de 0,80%, enquanto a Bolsa eletrônica Nasdaq subia 0,56%. O giro financeiro na Bovespa somou hoje R$ 263,248 milhões.

Sem indicadores internos relevantes, os investidores ficaram atentos aos acontecimentos no cenário internacional, principalmente no que se refere ao Iraque. O dólar comercial fechou em baixa de 0,48%, e atingiu seu menor valor desde 3 de fevereiro, cotado a R$ 3,5510 na compra e R$ 3,5530 na venda.

Mesmo em meio aos temores de uma guerra entre Estados Unidos e Iraque, os fundamentos internos voltaram a ser boa influência. O C-Bond se destacou mais uma vez e, com alta firme, ajudou a derrubar o risco-país brasileiro. Com a subida vista desde a manhã, o C-Bond opera acima do patamar de US$ 0,75 pela primeira vez desde o final de maio de 2002. Os títulos da dívida externa brasileira, liderados pelo C-Bond, vêm atraindo mais compradores nas últimas semanas, que vêem nesses papéis boas chances de rentabilidade.

A mudança de postura se justifica pelos bons fundamentos da economia brasileira e pela austeridade fiscal do governo, mas surpreende devido ao atual período de incertezas no âmbito externo. De qualquer forma, a melhora na percepção do País veio seguida do ??up grade?? dos bancos de investimentos. Na semana passada, o Goldman Sachs elevou a recomendação de compra dos títulos brasileiros, animando ainda mais o mercado.

Nesta quarta, foi a vez do JP Morgan fazer o mesmo. No final da tarde, o C-Bond era negociado por 74,94% do seu valor de face. A expectativa de ingresso de recursos continuou inibindo as ordens de compra, não apenas pelas exportações, mas também devido às recentes captações externas. A possibilidade de liberação de recursos do FMI ao País, embora não tenham impacto direto no câmbio, também ameniza tensões.

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