O Ibovespa seguiu em correção moderada nesta quinta-feira, 9, em terreno negativo pela quinta sessão consecutiva. O principal índice da B3 fechou em baixa de 0,26%, aos 115.947,11 pontos, ainda descolado dos mercados externos, em alta desde a Ásia até a Europa e os EUA, movidos pela superação dos receios mais agudos quanto à evolução da tensão sobre o Irã.

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Na Bolsa, mais uma vez o giro financeiro foi elevado, na casa de R$ 23,4 bilhões, em padrão atípico para o início de ano, período em que a fraqueza do noticiário doméstico costuma deixar o índice mais exposto ao humor externo.

Logo na primeira sessão do ano, no dia 2, o Ibovespa renovou máxima histórica, encerrando naquela quinta-feira aos 118.573,10 pontos. Desde então, o principal índice da B3 acumula perda de 2,22% em relação ao pico.

“A realização de lucros começou e deve prosseguir dessa forma suave”, diz Raphael Figueredo, analista técnico da Eleven Financial Research, observando que a primeira linha de resistência significativa foi testada hoje, em torno dos 115.500 pontos. Se superada de forma sustentada, a linha seguinte está aos 111.800 pontos, aponta o analista da Eleven, casa que projeta o Ibovespa a 138 mil pontos no fechamento de 2020.

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Na mínima de hoje, o Ibovespa foi aos 115.410,67 e, na máxima, aos 116.820,04 pontos. Na semana, o índice acumula perda de 1,49%, mas ainda avança 0,26% neste início de janeiro. Nesta quinta-feira, as ações do setor financeiro estiveram entre as de desempenho negativo, com a Cielo liderando as perdas do índice, em queda de 6,13% no fechamento da sessão.

Destaque também para perda de 1,99% na ação preferencial do ItaúUnibanco e de 1,60% para a PN do Bradesco. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou hoje que deve autorizar fintechs e bancos a operar microcrédito, em nova sinalização da autoridade monetária no sentido de induzir grau maior de competição em um segmento caracterizado pela concentração.

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“Há um movimento importante em curso, de emergência de fintechs e bancos digitais, mas levará tempo para que essa mudança estrutural afete os grandes bancos. O mercado talvez esteja exagerando”, diz Figueredo. “Com a queda de juros e um cenário diverso, mais aberto à competição no crédito, surge o receio de que a rentabilidade e os dividendos dos bancos se enfraqueçam, o que favorece um giro nas carteiras em direção a outros segmentos, como o de varejo”, diz Ari Santos, gerente da mesa Ibovespa da H. Commcor. “Pelo peso que têm na composição do índice, os bancos seguem como os vilões, e não é de hoje”, acrescenta.