A Bolsa de Valores de Nova York vai celebrar os 50 anos da Copel a serem completados em 26 de outubro com uma homenagem bem ao seu estilo. O presidente da Companhia, Paulo Pimentel, recebeu há poucos dias a confirmação do convite para estar no tradicionalíssimo prédio de Wall Street em 22 de novembro, uma segunda-feira, e acionar pontualmente, às 9 horas, o sino que há décadas é usado para marcar oficialmente a abertura dos pregões na casa.
Esse ritual é conhecido como a cerimônia do The Opening Bell, que o tempo consagrou como a maneira peculiar e original da Bolsa de Nova York e do sistema financeiro norte-americano manifestarem reconhecimento a pessoas, empresas ou instituições dignas de homenagem, como chefes de Estado e executivos de grandes corporações. No primeiro pregão realizado depois do atentado de 11 de setembro de 2001, por exemplo, um policial e um bombeiro acionaram o sino, numa homenagem da Bolsa às duas corporações.
Após tocar o sino de abertura do pregão, Paulo Pimentel vai se encontrar com analistas e investidores para falar sobre a empresa e conceder entrevista à imprensa. O diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Copel, Ronald Ravedutti, acompanhará o presidente.
Estréia
A Copel estreou na Bolsa de Nova York em 30 julho de 1997: nessa data ela realizou uma operação de emissão de ADRs (recibos de depósitos bancários) de nível 3 que resultou na captação de US$ 580 milhões. Os papéis da Companhia são regularmente negociados nos pregões, movimentando diariamente cerca de US$ 1,8 milhão em média.
A Bolsa de Nova York (ou NYSE, iniciais de New York Stock Exchange) é uma instituição secular, por muitos chamada de “a meca do capitalismo norte-americano”. Sua história ninguém parece saber ao certo quando teria começado: a página oficial da Bolsa na internet identifica a existência de “traços da sua origem” em 1792, quando 24 corretores e mercadores da cidade firmaram um documento, o Acordo de Buttonwood, fixando regras e princípios para a atividade que exerciam. Já a parte conhecida é contada a partir de 1817, quando a Bolsa se instalou numa sala alugada em um prédio na mesma Wall Street onde – em 1903 – foi inaugurada sua sede atual.
Segundo dados do relatório de atividades de 2003, os pregões na NYSE movimentaram em média US$ 1,4 bilhão por dia em operações de compra e venda de títulos e ações. Comparativamente, a média diária de negócios na Bovespa – Bolsa de Valores de São Paulo atingiu R$ 1,2 bilhão (ou perto de US$ 400 milhões) no mês de agosto.
Existem 2.750 empresas listadas na Bolsa de Nova York – 467 delas de 50 países que não os Estados Unidos – cujo valor de mercado soma a fantástica quantida de US$ 17 trilhões. Apenas para que se faça idéia, o Produto Interno Bruto brasileiro (que representa a soma de todas as riquezas produzidas durante um ano pela nação) está estimado em US$ 500 bilhões de dólares.