A Bolívia está negociando acordos com os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e um grupo local para nacionalizar três hidrelétricas, informou o vice-ministro da Energia, Miguel Llangue. “Estamos perto de um acordo preliminar e acreditamos que parte das negociações será concluída em 2010”, disse ele à rádio Erbol.

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A Bolívia quer o controle de três usinas hidrelétricas: Guaracachi, subsidiária da britânica Rurelec Plc; Corani, pertencente à Inversiones Econergy Bolivia; e Valle Hermoso, controlada pela Panamerican, um grupo de investidores bolivianos.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, já expressou repetidas vezes seu desejo de nacionalizar as três usinas hidrelétricas, que geram 60% da eletricidade no país. Llangue disse que a Bolívia quer pelo menos 50% do controle das empresas, como prevê a nova Constituição do país, e que depende de uma nova lei de energia que vai estabelecer tarifas de eletricidade “socialmente justas e economicamente viáveis”.

O vice-ministro disse que uma das empresas já chegou a um acordo preliminar com o governo, mas ele não revelou o nome da companhia. Evo Morales, o primeiro presidente indígena da Bolívia e aliado do presidente venezuelano Hugo Chávez, se interessa pelos recursos naturais do país desde que assumiu o cargo, em 2006.

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Seu segundo mandato, de quatro anos, começa no dia 22 de janeiro deste ano. O setor elétrico é o último a ser alvo da nacionalização no país. Já passaram pelo processo os setores petrolífero, de metais e de telecomunicações. As informações são da Dow Jones.