O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse hoje que a instituição irá monitorar o sistema financeiro cuidadosamente em busca de eventuais efeitos negativos de sua atual política de relaxamento monetário.

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“É preciso prestar atenção à possibilidade de que, se o ambiente de taxas de juros baixas continuar e a pressão sobre os lucros de instituições financeiras se tornar prolongada, isso possa ter um efeito cumulativo na sua força financeira”, disse Kuroda em discurso. “Como resultado, o funcionamento da intermediação financeira pode ser comprometida.”

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Kuroda, no entanto, disse não ter visto ainda problemas graves no sistema bancários, diante da atitude proativa de concessão de crédito dos bancos. Em abril, o volume de empréstimos bancários no Japão teve expansão anual de 2%, ganhando força em relação ao avanço de 1,9% observado em março, segundo dados do BoJ.

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Em sua última reunião de política monetária, em 26 e 27 de abril, o banco central japonês manteve sua política ultra-acomodatícia inalterada, mas desistiu de prever quando a inflação do país irá se fortalecer e atingir a meta oficial de 2%.

Embora não tenha um prazo específico para alcançar sua meta de inflação, o BoJ espera cumpri-la o mais cedo possível, afirmou Kuroda.

Como a inflação permanece muito abaixo da meta, Kuroda reiterou não ser apropriado listar as condições necessárias para uma futura saída da política de relaxamento monetário. Kuroda afirmou que o BoJ planeja dar detalhes de sua estratégia de saída somente quando estiver mais confiante sobre o cumprimento da meta.

Em março, a taxa anual de inflação subjacente – que exclui os preços de alimentos – do Japão foi de 0,9%. Fonte: Dow Jones Newswires.