Alguns membros do conselho de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) disseram, na reunião de 21 e 22 de janeiro, que a compra de títulos de longo prazo do governo japonês poderia ser considerada uma tentativa de fortalecer os esforços de flexibilização monetária do banco central para combater a deflação.
“Por exemplo, ampliar o vencimento dos JGBs (Japanese Government Bond) que o BoJ compra para cerca de cinco anos é uma opção”, informa a ata da reunião divulgada há pouco pelo banco central japonês. Atualmente, em seu programa de compra de ativos, o BoJ compra JGBs com vencimentos de até três anos.
Na reunião de janeiro, o BoJ concordou com a posição do governo de buscar conjuntamente uma meta de inflação de 2% o mais cedo possível para colocar fim à deflação. Contudo, dois membros do conselho, Takahide Kiuchi e Takehiro Sato, votaram contra a decisão de elevar a meta de inflação de 1% para 2%.
Kiuchi e Sato advertiram que a fixação de uma meta de inflação de 2% pode comprometer a credibilidade da política monetária do banco central e interromper a comunicação com o mercado, devido à elevada incerteza de alcançar o objetivo.
Para atingir a meta inflacionária de 2%, o banco central decidiu introduzir um compromisso “open-ended” de continuar com as compras de ativos financeiros a partir de 2014, além de manter a política de juros virtualmente zero, desde que considerado necessário.
A partir de 2014, o BoJ vai comprar cerca de 12 trilhões de ienes da dívida pública – principalmente títulos de curto prazo do Tesouro – a cada mês. No entanto, com a quantidade de dívidas vencidas durante o período, o aumento total será de apenas 10 trilhões de ienes para o ano inteiro, ante um total planejado de 101 trilhões de ienes até o final deste ano. As informações são da Dow Jones.